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 Dossiê Nintendo

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MensagemAssunto: Dossiê Nintendo   Dossiê Nintendo Icon_minitimeQua Fev 27, 2008 4:29 pm

Dossiê Nintendo

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118 anos de Nintendo

Conheça a história da empresa que transformou a indústria dos videogames e para saber mais detalhes sobre a Nintendo, passe na banca e compre a revista GameMaster

O começo de tudo

A história começou muito antes da empresa líder do mercado de videogames, a Nintendo – avaliada em 85 bilhões de dólares (fonte agência Reuters – 2007) pensar em fabricar consoles e jogos. Ela começou com uma singela fábrica de hanafuda – uma espécie de baralho entalhado em madeira, comum entre os japoneses no século XIX. Foi no dia 23 de setembro de 1889 que Fusajiro Yamauchi fundou, na cidade de Kioto, a Nintendo Koppai (algo traduzido como "Deixe o destino nas mãos do céu” ).

O que era para ser uma mera forma de sustento se tornou um negócio extremamente lucrativo. Dessa forma, Yamauchi percebeu que seu empreendimento precisava de mais mão de obra para cobrir a demanda gerada.

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Expandindo
Quarenta anos depois, em 1929 – ano da quebra da bolsa de Nova York – já com a marca consolidada, Yamauchi, decidiu que era o momento de entregar o bastão da presidência. O cargo foi passado seu genro, Sekiryo Kaneda. E quatro anos mais tarde, o novo presidente uniu a Nintendo à outra companhia de menor porte e formou a Yamauchi Nintendo & Company.

Nem a forte recessão no outro lado do globo pôde segurar o ímpeto do gigante que surgia. Em 1947, Sekiryo expandiu ainda mais os negócios da companhia. Era inaugurada a Marufuku Company para a distribuição das cartas hanafuda e de outros baralhos, como o tradicional baralho ocidental.

Tudo ia muito bem quando, em 1949, um acidente vascular cerebral custou a vida de Sekiryo e o trono só poderia ser ocupado por uma pessoa: seu neto, de 21 anos.

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Hiroshi Yamauchi

De cara, o garoto mostrou que não estava para brincadeira e mudou o nome da companhia para Nintendo Playing Card Company. Dois anos depois, foi a vez de a subsidiária ser rebatizada como Nintendo Katura Company. Em 1953, uma nova sacada: pela primeira vez uma empresa japonesa lançava no mercado cartas plásticas. O impacto foi muito forte e o resultado foi o monopólio do segmento na Ásia.

Já 1956, Hiroshi resolveu visitar os Estados Unidos com a intenção de se aproximar da gigante norte-americana U.S. Playing Card Company, líder do mercado americano. Hiroshi teve uma grande surpresa ao perceber que uma empresa com aquelas proporções era, na verdade, um pequeno escritório. Foi o primeiro sinal de que aquele era um mercado limitado.

Porém, aproveitando a viagem aos Estados Unidos, Hiroshi conseguiu fechar um acordo com a Disney. Ficou acertado que a Nintendo teria o direito de comercializar cartas e outros produtos no Japão com personagens e temas da trupe do Mickey. O acordo tornou-se um grande negócio e vendeu mais de 600 mil baralhos em um ano. O sucesso levou o jovem empresário a renomear a empresa novamente: agora como Nintendo Company. A decisão veio acompanhada de outra escolha: ingressar em novos mercados.

Nos anos seguintes, Hiroshi decidiu investir o dinheiro de seus acionistas em segmentos duvidosos a para época como redes de motéis, companhias de táxi, produtos alimentícios e até mesmo uma marca de aspiradores de pó. Nenhuma dessas experiências obteve sucesso, com exceção de uma: brinquedos. Coincidência ou não, o único nicho semelhante às tradicionais cartas Nintendo.

O golpe econômico sofrido pelo Japão em função das Olimpíadas de Tóquio (o país gastou 3 bilhões de dólares para receber os jogos) e os mil negócios não lucrativos foram fatores decisivos para o mergulho definitivo da Nintendo no mercado dos brinquedos.

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A chegada do primeiro gênio

Em 1965, Gunpei Yokoi – futuro criador do Game & Watch e do Game Boy – era contratado como engenheiro de manutenção. Com muitas dívidas a pagar, era uma façanha conseguir se manter no mercado de brinquedos cercado de companhias dominantes tais como a Bandai e a Tomy.

Em 1970, Hiroshi decidiu que era necessário dar uma guinada no departamento de jogos, criado um ano antes. Então solicitou a um de seus engenheiros – Gunpei Yokoi – que criasse algo incrível. Simples assim. Era o teste que a genialidade do engenheiro precisava. Pegou uma corda de instrumento musical na sua casa e montou um pequeno braço mecânico com uma mão na ponta. Ao puxar o gatilho, a mão se fechava. A engenhoca, batizada de “The Ultra Hand” se tornou um fenômeno, ultrapassando, pela primeira vez na historia da marca, um milhão de unidades vendidas.

Como não poderia deixar de ser, Yokoi foi promovido para o departamento de criação de produtos. Com seu mais novo diretor de criação, brinquedos inovadores se sucederam, como o “love tester” e a pistola de luz com receptores fotossensíveis. Tudo muito bem, a companhia voltando a seus bons tempos, lucros altos e a consolidação em seu novo nicho de mercado. Então uma nova turbulência no mercado asiático forçou a criação de outro produto revolucionário. A questão era: qual?

Com o surgimento dos videogames, a Nintendo passou a ser a importadora oficial dos sistemas americanos no Japão. Mas isto estava longe de ser o bastante para Hiroshi. Foi quando Yokoi criou o Game & Watch, pequenos e baratos jogos de bolso que também funcionavam como relógio. O singelo joguinho foi o precursor da máquina de fazer dinheiro que se azeitava. Assim, os anos 70 foram de intenso aprendizado no ramo dos eletrônicos e selaram a entrada definitiva no mercado norte-americano. Foi a década de fundação da Nintendo of América, em 1979. Era tempo de entrar de cabeça no mundo dos videogames.

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A primeira tentativa foi uma parceria com a Magnavox para comercializar uma versão do console Odyssey, que cabou não obtendo o sucesso de vendas esperado. Em 1977, nova investida. A parceira desta vez era a Mitsubishi, e os resultados foram animadores. O Color-TV Game trazia a adaptação do jogo Pong, que simulava tênis de mesa.

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Shigeru Miyamoto, o segundo gênio

Entretanto, este não é o fato mais importante daquele ano. 1977 ficou marcado pela chegada de um jovem talentoso, de 24 anos, recém formado em Design Industrial. Seu nome? Shigeru Miyamoto, contratado para ajudar no design das máquinas de arcade. Rapidamente, o garoto se tornou discípulo de Gunpei Yokoi. O resultado prático disso é que a Nintendo não tinha apenas um gênio cuidando de seus produtos, mas dois.

Porém, o talento de Miyamoto ainda estava contido dentro de uma histórica companhia. Paralelamente, a venda dos arcades no mercado americano não atingia os resultados esperados. Um belo dia Minoru Arakawa, genro de Hiroshi e responsável pela Nintendo of América, ligou para o big boss no Japão e disse que precisava de algo extraordinário. A resposta enfureceu Arakawa. Hiroshi informou que mandaria um título desenvolvido por um novato. O aprendiz em questão era Myiamoto. O título era Donkey Kong. A história da Nintendo começava a mudar para sempre em 1981.

O jogo consistia em um carpinteiro baixo e gordo que vivia correndo para salvar sua namorada de um gorila maluco. Inicialmente, seu nome era Jumpman. Mas em homenagem a um dos proprietários do depósito da empresa, o simpático bigodudo ganhou o nome de Mario. O gordinho se tornaria um mito na história dos videogames e mascote da Nintendo, ganhando dezenas de títulos próprios e até mesmo um irmão. A genialidade de Miyamoto despontava para o mundo.

A partir disso vieram outros títulos imortais no universo dos videogames, tais como Zelda, Super Mario Bros, e tantos outros. Todos com a marca registrada de Shigeru: a combinação entre exploração e grande liberdade de jogabilidade. Fatores que alçaram Miyamoto ao posto de mago da criação de jogos eletrônicos. Em 2007, foi eleito pela Revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo.

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Um passo adiante

Mas como já era comum ao longo da trajetória da empresa, o sucesso do momento nunca foi o bastante. Assim, em 1984, veio a decisão de lançar um novo console. Batizado no Japão de Famicom, tinha como objetivo ser um videogame para a família. Posteriormente, quando lançado mundialmente- em 1985 para os Estados Unidos e em 1986 para Europa - passou a se chamar NES - Nintendo Entertainment System. O Console de 8 bits, o “Nintendinho”, como ficou conhecido no Brasil, permitiu o lançamento de outros diversos títulos, a maioria saído da cabeça iluminada de Miyamoto. Entre suas criações está The Legend of Zelda, para muitos o maior jogo de vídeo game de todos os tempos. Em 1988, eram 65 títulos disponíveis para o NES.

No ano seguinte, era lançado o portátil, Game Boy, primeiro em preto e branco e depois colorido, outra grande sacada que se tornou rapidamente um grande sucesso e possuía uma boa variedade de jogos, entre eles o famoso Tetris.

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A guerra dos 16 bits e a magia do 3D

Os anos 90 foram marcados por uma rivalidade considerada por muitos emblemática e até mesmo ideológica. A batalha dos 16 bits colocou frente a frente o novo lançamento da Nintendo, o Super Nintendo, ou Super Nes, com o Mega Drive, da Sega. Mario agora tinha como concorrente no coração das crianças e adolescentes um porco espinho azul chamado Sonic. Apesar do oponente de peso, também considerado um ícone até hoje, o Super Nes vendeu 57 milhões de unidades.

Em 1996, chegava ao mercado o primeiro console de 64 bits, o Nintendo 64. O novo filho trazia inovações como a capacidade de processamento gráfico 3D, conexão de até quatro joysticks, botão analógico e um outro posicionado como gatilho na base inferior do controle. Apesar de não ter tido todo o sucesso de seu antecessor, trouxe alguns jogos marcantes como GoldenEye 007, que mudou a concepção dos jogos em primeira pessoa e, claro, pela primeira vez colocou o herói Mário em um ambiente 3D.

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Uma nova era
A virada do milênio forçou a Nintendo a abandonar os antigos cartuchos e partir para a tendência da época, a mídia óptica. Tudo para acompanhar a forte concorrência, agora da Sony, com o Playstation 1 e 2. Batizado de GameCube, em função de seu design, o novo console não trouxe muitos jogos clássicos, porém a qualidade gráfica, muito superior à do Nintendo 64, ajudou a criar novas aventuras para Mario e Zelda. Um dos títulos lançados - e que logo virou mania - foi Resident Evil. Durante este período, os portáteis também cumpriram papel importante nos lucros com o Game Boy Advanced e o Nintendo DS, que venderam mais de 20 milhões de unidades.

Em 2006, o sucessor do Cube saiu do forno. Para não fugir da história centenária da Nintendo, era algo inovador. O Wii, inicialmente chamado de Nintendo Revolution, trouxe o usuário para dentro do jogo, fazendo-o interagir com os movimentos dos personagens. O responsável por operar este milagre é o joystick em forma de controle remoto. Toda a jogabilidade fica por conta dos movimentos do jogador, sendo preciso fazer movimentos com o braço para jogar, simulando os gestos de uma luta de espadas ou de uma disputa de tênis, por exemplo.

Segundo a turma de Miyamoto, o novo nome, “we” – nós, em inglês – foi adotado por ser lembrado facilmente em várias línguas. O fato de ter dois i's em sua grafia simboliza mais de uma pessoa, na tendência irreversível dos jogos multiplayer. Além disso, ele agrega quase tudo o que é trazido pela Internet wireless, como navegação e downloads. Nada mais Nintendo, não é mesmo? Apesar de concorrentes barra pesada como o X-Box, da Microsoft, e o Playstation 3, da Sony, o Wii já vendeu mais de 14 milhões de unidades.

Em 118 anos de Nintendo, as velhas hanafudas de Fusajiro Yamauchi se transformaram no que há de mais moderno e inovador, e que há pouco tempo atrás poderia parecer coisa de ficção científica. Alguém ousa dizer que essa história terá um fim?
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